segunda-feira, outubro 29, 2007

Jardim António Borges

Fotos: Tiago Melo Bento



O Jardim António Borges procura nova vida. O Rotas da Ilha Verde reabriu a casa de chá do jardim este mês, já com um cheirinho do que vitalizar um espaço verde como aqueles pode significar para uma cidade... Descalças lá estivemos a construir primeiros olhares...



A cada segundo um jardim respira, absorve água, sua pela manhã, oferece respiração ao ar, cresce em camadas, abre as pétalas, recolhe-as ao fim da tarde, rasga com uma haste a terra… Enfim… não pára nunca, como ser vivo de corpo inteiro, colectivo, a sua permanente transformação. Parece quieto, mas não está. Nós passamos, brincamos, damos beijos às escondidas, somos visitantes … e nos dias que o atravessamos fazemos parte da vida que ali mora ou das histórias que o Jardim contará aos netos.


As Descalças, em 2008, convosco e com mais quem for passando, vão brincar às escondidas, aos espectáculos, à formação, às visitas guiadas, às histórias para acordar, aos concertos, às exposições – muito a sério claro, pois o Jardim disse-nos que colabora com a sua beleza transcendental e que nos empresta a sua vida para deixar morar a nossa… e a vossa também. Até lá.

foto: Jardineira Fatinha

domingo, outubro 28, 2007

A escrita na Terra

Hora do Conto com Teatro
Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
(Sala Nova) por marcação
para crianças dos 6 aos 10 anos

22 a 26 Outubro, 10h
19 a 23 Novembro, 10h
6 e 7 Dezembro, 10h
Continua em Janeiro de 2008

mais fotos em http://imagensdescalcas.blogspot.com

Num espaço mágico, pretende-se promover a leitura, recorrendo ao jogo dramático.
Depois de “O mar ao virar da esquina” e de “O ar lá em cima”, “A escrita na terra” é a proposta das Descalças para a Hora do Conto com Teatro na Biblioteca Pública. A partir do conto “O menino escritor” de Rosário Alçada Araújo, da Terra dos Encantos que passou a morar na Biblioteca e da imaginação das crianças participantes, palavras semearão a sala de histórias por fiar e de escritores ou escritoras em botão, pois como se sabe, entre outros extraordinários tesouros para o futuro, escrever está escondido debaixo das palmas da imaginação de cada criança....
Conto Teatrado: O Menino Escritor de Rosário Alçada Araújo com Ilustrações de Catarina França
criação:Descalças - cooperativa cultural para a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
interpretação: Maria Simões e Teresa Gentil
música e cenografia: Teresa Gentil
construção, montagem, figurinos e adereços: descalcitas
poema e apoio literário: Judite Fernandes
agradecimentos: mestre André Moniz, Catarina Ferreira e costureira Nélia
apoio: funcionários e funcionárias da BPARPD

A 23 e 24 DE NOVEMBRO ESTARÁ NA BIBLIOTECA PÚBLICA A ESCRITORA ROSÁRIO ALÇADA ARAÚJO. NÃO PERCAS A OPORTUNIDADE DE A CONHECER.
TRAZ ALGUÉM CONTIGO!

terça-feira, outubro 09, 2007

Gent'ilesa

Este espectáculo não é mais do que um encontro em torno das palavras de muitas pessoas e da música de Teresa Gentil.
Neste café-concerto-teatro, de todas as vezes especial e único, encontram-se reflexões, histórias, lamentos, gente ilesa, paixões, mulheres, homens, crianças, pessoas, descalças… encontramos uma forma de estar e de pensar que inventa um caminho para que, parafraseando Gandhi, ‘nos tornemos nas mudanças que queremos ver no mundo’.

foto: Lea Lopez




Teresa Gentil é compositora de vocação e profissão licenciada pela ESMAE Porto. Nascida em Tondela mas a residir nos Açores, é fundadora de Descalças cooperativa cultural. Ao mesmo tempo que envereda por caminhos clássicos na música, também teima em fazer chegar a sua música original a um cada vez maior número de pessoas, como cantautora. Assim tem composto para teatro e cinema, para além de ter editado em 2006 o seu primeiro CD de originais Natália Descalça exclusivamente com poemas de Natália Correia. Venceu recentemente o Prémio José Afonso para melhor música de intervenção no Festival Cantar Abril (Almada). Gent’ilesa é o título do seu próximo CD de originais, ainda em preparação, e que dá também nome a este concerto.

Teresa Gentil - voz, guitarra, piano
Maria Simões - voz, adufe e flauta

segunda-feira, outubro 01, 2007

Catarina das Asas de Voar

Uma metáfora sobre a liberdade
1974. Catarina é uma menina que vive numa aldeia da serra do Caramulo, com a sua mãe e a avó. Anda na escola, lá na aldeia, e o seu pai vive na clandestinidade do antes do 25 de Abril. Em casa há um canário que não canta, um cão chamado Gastão, uma avó surda, muita roupa para lavar e estender e, na escola, há uma professora que dá reguadas. Catarina é uma menina igual a tantas outras, das que viveram naquela época e das que vivem nos dias de hoje. Por isso, neste espectáculo que usa algumas das técnicas do contador de contos, Catarina é desempenhada pela actriz e por uma menina do público. A acção desencadear-se-á rumo à revolução, levando aos espectadores a urgência desse Abril. A música de Zeca Afonso acompanha toda a acção do espectáculo, numa homenagem mais do que justa ao poeta que melhor cantou a liberdade, a solidariedade, a justiça, enfim, que cantou Abril. Um espectáculo para todo o ano.

Texto: Maria Simões Música: Zeca Afonso
Interpretação: Teresa Gentil e Maria Simões
Foto: Sara Seabra

Descalças no Juvearte

Descalças, Palavras e Música
8 Out, segunda-feira, 21h30
Coliseu Micaelense
Juvearte - 8º Festival de Teatro
Org. Associação Juventude da Candelária

"Descalças, Palavras e Música" é um encontro de pessoas em torno das palavras e da música. Tudo porque perceberam que havia coisas que queriam dizer, havia músicas que queriam partilhar e textos que queriam fazer ouvir. Juntaram-se e, com todo o carinho do mundo (e muito trabalho), prepararam uma primeira apresentação à volta dos textos do Eduardo Galeano, que estreou na ACERT, em Tondela, em 2004.
Eduardo Galeano, o escritor uruguaio, estimulou-os a compor e provocou-os a escrever letras para canções. E assim nasceram alguns dos originais deste espectáculo. Mas enquanto estavam a escrever e a compor músicas novas, houve sempre uns senhores que lhes foram bichanando ao ouvido para que cantassem as suas canções. E assim envolveram-se com Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Chico César, José Mário Branco, entre outros que continuam a segredar-lhes ao ouvido as suas músicas, quanto mais não seja para que fiquem mais felizes de cada vez que as ouvem. "Depois de Eduardo Galeano, outros autores vieram povoar-nos as memórias e obrigar-nos a continuar."
Agora o espectáculo, em versão de café-concerto, é uma viagem pela música e pela palavra de língua portuguesa com cheiro a muitos cantos do mundo. Uma aposta especial nos temas originais de Teresa Gentil desta vez na companhia de músicos convidados companheiros de muitos caminhos.
Teresa Gentil Piano, Guitarra e Voz
Miguel Cardoso Baixo eléctrico, Contrabaixo, Guitarra e Voz
Rui Silva Percussão
Manuel Maio Violino
Maria Simões Voz e Flauta
Duração: 50 min. s/intervalo
Classificação: S/
Local: Foyer Coliseu Micaelense